O acordo entre Mercosul e União Europeia (UE) fica cada vez mais difícil. Líderes cooperados da França e Irlanda realizaram em fevereiro uma reunião virtual. Eles falaram sobre o incentivo às normas que facilitam a produção de alimentos de modo sustentável e condenam as importações de alimentos sul-americanos que não cumprem padrões ecológicos.
Criado por uma federação da UE, o evento reuniu líderes como Christiane Lambert. Dessa forma, eles querem mudar a política de alimentos do Velho Mundo.
O tema básico foi a adoção do Acordo Verde Europeu. Em outras palavras, uma série de metas políticas criadas na UE. O objetivo é ambiental. Primeiramente, modificar os padrões de plantio e reduzir o uso de venenos. Também querem reduzir adubos e antibióticos químicos, proteger a variedade natural, as florestas, a água e o ar.
Entretanto, eles querem garantir o produtor local. A UE produz alimentos saudáveis com o uso de práticas ambientais. Para eles, esse cuidado não há no Mercosul.
Mercosul como problema
Franceses e irlandeses aceitam o Acordo Verde. Mas também querem garantias. E, para isso, o acordo entre Mercosul e UE é um obstáculo para as cooperativas locais.
A produção do Mercosul recebe muitas críticas. Eles também criticam a postura da Comissão Europeia em relação ao acordo comercial entre os dois blocos. Eles querem que o acordo entre UE e Mercosul seja deixado de lado.
“Seguir esta política penaliza os europeus que cumprem padrões altos. Em síntese, as importações não podem acontecer se os países do Mercosul deixarem de cumprir nossos padrões. Mas sabemos que eles estão longe de nossa forma de produção”, disse Christiane Lambert.
Em resumo, os líderes europeus querem alimentos saudáveis na UE. Eles também concordam com a proteção do planeta. Entretanto, eles pedem pagamento adequado pela atividade do plantador.
Reunião no Brasil
A política dos países do Mercosul em relação à UE será tema de reunião no Brasil, em março. Ao mesmo tempo, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai tratarão de uma possível abertura comercial do bloco.
Anteriormente, o presidente do Uruguai, Lacalle Pou, esteve com Bolsonaro no início de fevereiro. O uruguaio disse que o acordo de mercado comum entre os quatro países precisa ser revisto. Lembrou que o bloco tem 30 anos. “Contudo, o próximo passo é a flexibilização para que cada país possa avançar”, disse.