Sem kit intubação, dois hospitais deixaram de atender a pacientes graves em São Paulo e outras vítimas graves da covid-19 são atendidas acordadas, o que é considerado uma tortura por muitos médicos. O Ministério da Saúde anunciou a chegada de equipamentos nesta sexta-feira (16) e que ainda serão distribuídos aos hospitais federais.
Esta é a nova dor de cabeça de médicos anestesistas no Brasil. Visto que chegam a improvisar procedimentos, como a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Pernambuco (Coopanest-PE). Eles procuram superar a dificuldade com treinamento especial da equipe. De maneira idêntica, outros hospitais particulares tentam reforçar os depósitos com a compra de kits intubação.
Em Minas Gerais, a Coopanest local criou o “time intubação”. Da mesma forma, no Ceará, a Coopanest do estado montou equipes específicas para atender a pacientes da covid-19. Como explicou o médico Plínio Holanda ao portal de notícias de Fortaleza:
“Fomos convocados porque os pacientes chegavam oxigenando muito mal. Sentindo muita falta de ar. E isso exigia uma intubação veloz, muito difícil. Na rotina normal como anestesista, temos 3 a 5 minutos para intubar. Para pacientes da Covid-19, temos 40 segundos”, explica.
Kit intubação no MS
Os Ministério da Saúde recebeu da China 2,3 milhões de medicamentos do kit intubação. Surpreendentemente, empresas como a Petrobras, Vale, Engie, Itaú Unibanco, Klabin e Raizen doaram os equipamentos ao governo federal. Dessa forma, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), Hélio Angotti Neto, disse que o estoque dura 10 dias.
“Com esta doação, pelo menos 10 dias de abastecimento em relação ao bloqueador neuromuscular, analgesia e sedação por midazolam, e 15 dias com propofol. O estado é o responsável, junto aos municípios, para fazer a redistribuição em sua própria rede assistencial”.
Com isso, as equipes do Ministério da Saúde já estão prontas para iniciar a distribuição dos chamados kit intubação.
“Com base em experiências anteriores, a expectativa é de que em menos de 48 horas os medicamentos sejam distribuídos para todos os estados”, ressaltou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.
Com Agência Brasil