A Pesca e a Aquicultura são contempladas com cerca de 47 cooperativas no Brasil, em números extraoficiais. Este ano, o setor deve receber maior atenção. A FAO — Sigla inglesa para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Cultura — definiu 2022 como o ano internacional para o setor.
O objetivo da iniciativa é valorizar socialmente as contribuições da pesca artesanal e da aquicultura, em termos alimentares e econômicos, e promover o diálogo e a cooperação para fortalecer as famílias que dependem dessas atividades.
Para isso, serão realizadas atividades e programas de fortalecimento do associativismo, fortalecimento do setor em termos de segurança e qualidade, e estímulo da população para consumir frutos do mar, promovendo a compra local e o manejo sustentável dos recursos pesqueiros.
“As pessoas engajadas na pesca e na aquicultura artesanais em pequena escala contribuem significativamente para a segurança alimentar, nutrição, redução da pobreza e uso sustentável dos recursos naturais”, disse Julio Berdegué, Representante Regional da FAO para a América Latina e o Caribe.
Dados da pesca e da aquicultura
A pesca e a aquicultura (artesanal e industrial) geram mais de 2,8 milhões de empregos diretos e três vezes mais empregos indiretos na região: de todos eles, quase 90% estão vinculados à pesca artesanal.
Pelo menos 16% dos empregos associados à pesca extrativa são ocupados por mulheres, segundo dados da FAO.
A pesca artesanal fornece até 85% do pescado consumido em alguns países da região e é a base da segurança alimentar de centenas de comunidades, muitas delas indígenas, que vivem ao longo das costas e bacias hidrográficas.
O lançamento da promoção foi realizado em um evento virtual. O líder brasileiro da pequena cultura de mexilhão, Felipe Matarazzo Suplicy, representou o Brasil junto a dirigentes de organizações internacionais da aquicultura.