A atividade de garimpeiros cresce no Brasil em meio a tentativas de preservação da floresta. Dados do MapBiomas colhidos em 2020 indicam que a mineração cresceu 6 vezes em relação a 1985. Porém, nem toda extração de minério significa a derrubada da floresta. Há garimpeiros que preservam a natureza.
Essa foi a conclusão dos próprios agentes da atividade no painel realizado na Exposibram 2022. O evento contou com a moderação do secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Estado do Pará, José Fernando Gomes Júnior. E, para os dirigentes, a atividade de mineração contribui para manter a floresta em pé na Amazônia.
Os cooperativistas dizem o mesmo. Em entrevista ao programa CoopCafé de 9 de setembro, o presidente na FECOMIN – Federação das Cooperativas de Mineração do Estado de Mato Grosso, Gilson Camboim, e que também atua na Coogavepe, revela como o setor mineral preserva a floresta.
O cuidado dos Garimpeiros
O aumento da área de mineração no Brasil subiu de 31 mil hectares em 1985 para 206 mil hectares em 2020. Mas Gilson Camboim explica que a atividade da mineração apresenta diferenças em relação a outros ramos do cooperativismo, como o Agro, por exemplo.
“O espaço ocupado é pequeno, diferente do Aggro e outros que precisam de uma área maior. Também é uma atividade temporária. Após exaurir a jazida, a atividade promove a regeneração da área”, disse.
Cada vez mais crescente, o garimpo já ocupa uma área maior que mineração industrial, segundo dados do MapBiomas. E o que preocupa as autoridades é o avanço da atividade sobre terras indígenas e unidades de conservação na Amazônia.
Ilegalidades à parte, há quem defenda o garimpo como forma de apoio contra o aquecimento global. Para isso, basta adotar a política adequada:
“Os produtos da Mineração são fundamentais para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. Esperamos que estes dados contribuam para a definição de estratégias para acabar com as atividades ilegais e estabelecer uma mineração em bases sustentáveis respeitando as áreas protegidas e o direito dos povos indígenas e atendendo os mais elevados padrões de cuidado com a biodiversidade, solo e a água”, afirma Tasso Azevedo, Coordenador Geral do MapBiomas.
Veja a entrevista com Gilson Camboim: