A região do Cerrado teve 472.816 ha de desmatamento entre janeiro e julho de 2022, de acordo com dados do Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado. Enquanto que na COP27, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, sinaliza com um possível combate contra a extração ilegal de árvores, os cooperativistas brasileiros não perderam tempo. No dia 13 de novembro, associados do Sicredi Vale do Cerrado promoveram um mutirão de reflorestamento no município de Campo Verde (MT).
O feito foi comemorado pelo diretor Francisco Motta, que nas redes sociais classificou a ação cooperativista do final de semana como o DiaC, o Dia de Cooperar dos campo-verdenses.
“Cooperamos com o plantio de 400 mudas de árvores em área de preservação no município de Campo Verde MT! Obrigado aos colegas da Sede Administrativa, Agências de Campo Verde e São Lourenço que viabilizaram esse movimento, agradeceu Motta em sua conta no Linkedin.
Necessidade de reflorestamento
De acordo com o IBGE, em 2021, o município de Campo Verde contava com uma população estimada de 44.033 habitantes. Outro número negativo envolve o esgotamento sanitário. Apenas 10,6% das casas contam com esgoto. E somente 3,2% do total de residências estão em ruas com bueiros, calçadas, pavimentação e meio-fio. Isso coloca o município na 3813ª posição entre os 5570 municípios brasileiros. Daí a importância de ações de reflorestamento.
Apesar do nome do município remeter à ecologia, apenas 54% das residências de Campo Verde estão em ruas arborizadas. Esse fato torna ainda mais fundamental a participação dos cooperativistas do Sicredi Vale do Cerrado. Aliás, a instituição de crédito cooperativo tem promovido em Campo Verde campanhas ligadas ao ESG ao longo do tempo.
E não somente em Campo Verde. Vale lembrar que o Sicredi recebeu nota 15,9 em avaliação da Morningstar Sustainalytics. Desse modo, a cooperativa é considerada empresa com “Risco Baixo” de sofrer impactos financeiros oriundos de fatores ESG. Com a chancela, o Sicredi figura entre os 20 melhores “Bancos Diversificados” – dos 400 avaliados globalmente pela classificadora de risco ESG, em outubro de 2022.
Para chegar ao resultado, a Morningstar Sustainalytics avalia a política de sustentabilidade e transparência fiscal. Isso envolve a adoção do Pacto Global da ONU, a gestão e monitoramento de riscos sociais e ambientais, entre outros.
“Estamos muito satisfeitos com esse resultado. Pelo nosso modelo de atuação cooperativo, a temática ESG é algo que perpassa naturalmente nossas iniciativas e se apresenta de forma transversal na nossa estratégia. Atuamos todos os dias focados na construção de uma sociedade mais próspera e, nesse sentido, almejamos inspirar nossos associados a pensarem seus negócios e investimentos de forma cada vez mais sustentável”, diz Alexandre Barbosa, diretor executivo de Administração do Sicredi.
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