Em outubro, a inadimplência do Brasil foi para o nível mais alto em comparação aos quatro anos passados. Segundo o Banco Central, a taxa subiu para 4,2% no mês de outubro. De acordo com Paulo Henrique Salves Moreira, gerente de recuperação de crédito do Sicoob Credseguro, a linha mais comum é o cartão de crédito.
A economia sofre por causa do cenário de dúvidas e incertezas que o mercado financeiro brasileiro se encontra. Principalmente por fatores políticos. Agravado pela diminuição do poder de compra dos consumidores, pela inflação e pela inadimplência, essa última pela ausência de condições do consumidor em manter suas contas em dia causa a da principal linha de crédito.
De acordo com gerente de recuperação de crédito do Sicoob Credseguro, essa linha mais comum é o cartão de crédito.
“Essa situação desencadeia uma busca por novos créditos que na sua maioria são mais caros. A oferta fica mais onerosa quando o credor aceita assumir o risco de emprestar para consumidores que possuem um perfil de risco mais elevado, mas para isso cobra desse consumidor juros mais altos que os praticados no mercado”.
Conforme Paulo Henrique, no Brasil ainda não existe a cultura de poupar.
“Por vezes gastamos mais do que ganhamos. E não há outro caminho para ser recomendado aos endividados, esses devem se reorganizar financeiramente”.
Soluções contra a inadimplência
Paulo Henrique ainda conta que o passo mais difícil da pessoa endividada é a aceitação, admitir a situação em que se encontra e que precisará se sacrificar para sanar as dívidas.
“Ninguém gosta de perder ou mostrar suas fraquezas e dificuldades. É natural do ser humano e da sociedade a qual vivemos. Mas é preciso colocar em mente que o sacrifício será passageiro. Desfazer de um bem, deixar de frequentar lugares por um período ou até adiar aquela viagem dos sonhos serão decisões que poderão fazer a diferença e em curto espaço de tempo as finanças se organizam”, explica o gerente do Sicoob Credseguro.
Saiba onde pode reduzir os gastos. Assim, a busca por créditos mais baratos é fundamental.
“Muitos têm o receio de fazer uma dívida para pagar outra e por esse receio acabam pagando mais caro. É só fazer as contas. Se houver redução do valor que paga atualmente para o que vai pagar com um novo crédito, é claro que compensa. Um outro fator importante é o tempo, não ficar adiando a busca por uma solução”, finaliza Paulo Henrique.