Negócios florestais também envove o coop. A Cooperativa Ecoagroextrativista Aroeira de Piaçabuçu – AL (Coopearp) foi selecionada, entre 20 empresas, para a segunda fase da Aceleradora de Negócios Florestais, que é um programa de treinamento, capacitação e mentoria de empreendedores da cadeia da restauração de agroflorestas na Mata Atlântica.
O programa faz parte da iniciativa global The Land Accelerator, que já tem uma rede de negócios e oportunidades de investimento na África, América Latina e Sul da Ásia. Mais de 190 empreendedores de 46 países já participaram para aprimorar seus negócios florestais. No Brasil, a Aceleradora é organizada por WRI Brasil, Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, WWF-Brasil e Quintessa. O programa conta com apoio da Salesfoerce.
De abril a junho deste ano, a Aceleradora de Negócios Florestais trabalhou em conjunto com 20 negócios que estão na cadeia da restauração de agroflorestas na Mata Atlântica. O objetivo foi construir, em conjunto, uma base de conhecimento e capacitação para que esses negócios sejam acelerados e ajudem a dar escala à restauração.
Com o encerramento da primeira fase, o programa selecionou 5 empresas . Inclusive a cooperativa de Alagoas. Como incentivo, cada negócio escolhido receberá mentoria personalizada e acompanhamento em campo, além de um aporte financeiro de R$ 50 mil.
Treinamento em negócios florestais
Assim, durante três meses quem participou do treinamento com as demais empresas do programa foi o diretor técnico da Coopearp, Jorge Izidro. A capacitação ocorreu na cidade de Socorro, em São Paulo.
No treinamento, os empreendedores trocaram experiências. Sobretudo em temas como plano de negócios, comunicação, gestão de pessoas, financiamento e precificação, além de temas específicos para negócios florestais, como governança, investimento ESG e mercado de carbono.
Dessa forma, todas as organizações participantes atingiram índices exemplares de crescimento, engajamento e participação. Ao final da primeira fase, um Pitch Day permitiu que cada um dos empreendedores apresentasse seu modelo de negócios e diferenciais para investidores de impacto para que houvesse a seleção para a segunda etapa. Assim, os bons resultados garantiram a seleção da Coopearp.
“Estamos muito felizes por ter passado na seleção. É de muita importância para Mata Atlântica em Alagoas, especialmente para Piaçabuçu e a região da Foz do rio São Francisco. Viva a sociobiodiversidade!”, comemorou Jorge.
Lista das empresas escolhidas:
- Palmeira Jussara Armazenamentoda Lu (Rio de Janeiro)
- Chácara das Sucupiras (Bahia)
- Mangalô Agroflorestal (Minas Gerais)
- MV Gestão Integrada (Espírito Santo)
- Coopearp (Alagoas)
A Coopearp
A Cooperativa Ecoagroextrativista Aroeira de Piaçabuçu – AL (Coopearp) fica na cidade de Piaçabuçu – na foz do rio São Francisco, litoral sul de Alagoas. Embora com dois anos de existência, ela foi criada por meio da Associação Aroeira, que já tem 12 anos. Hoje, a Coopearp reúne 28 cooperados entre produtores e extrativistas.
A cooperativa produz e processa frutas da Mata Atlântica, sempre de forma sustentável e agroecológica. A pimenta-rosa é o carro-chefe, além disso há produção também de geleias, licores e outros produtos. Outra atividade importante é a prestação de serviços de implantação de sistemas agroflorestais e venda de mudas e sementes, possibilitando ampliar a produção agroecológica na região.
A Coopearp tem registro no Sistema OCB Alagoas (Organização das Cooperativas Brasileiras). A presidente é Rita Ferreira . “A Coopearp é uma cooperativa com uma incrível organização. Realizamos uma grande parceria no intuito de desenvolvê-la ainda mais. Estamos muito felizes com a seleção, que só vai ajudar mais no seu crescimento”, disse a presidente do Sistema OCB Alagoas, Márcia Túlia Pessôa.
“Estou muito feliz por nossa cooperativa ter sido escolhida para participar de uma aceleradora de negócios florestais. Isso significa que teremos mais recursos e orientação para desenvolver nosso agroextrativismo na foz do rio São Francisco. Nosso trabalho é importante para valorizar os produtos da nossa terra e proteger o meio ambiente”, concluiu Rita.