O Sicredi assinou dois importantes acordos durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28). em em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Integrante do Pacto Global das Nações Unidas (ONU), a cooperativa agora passa a integrar a Rede Financeira para a Amazônia. O objetivo da Rede é mobilizar recursos do setor privado para promover, simultaneamente, a melhoria da qualidade de vida na região e a preservação ambiental. Além disso, foi formalizada a captação de US$ 125 milhões para financiar micro, pequenas e médias empresas lideradas por mulheres, inclusive na Amazônia.
O Sicredi agora é membro fundador da Rede Financeira para a Amazônia. OBID Invest e a Corporação Financeira Internacional (IFC) lideram a Rede. A iniciativa visa a destinação de recursos para a região, criando oportunidades econômicas sustentáveis aos habitantes.
“O ingresso na Rede é mais um importante passo no sentido da cooperação em prol do desenvolvimento socioeconômico e ambiental da região amazônica. Estamos muito orgulhosos e engajados em sermos protagonistas dessa agenda, somando ainda mais força às ações de sustentabilidade realizadas de forma perene por nossas cooperativas em todo o Brasil”, comentou César Bochi, diretor presidente do Banco Cooperativo Sicredi.
Acordos do Sicredi na COP 28
Durante a COP 28, o Sicredi já formalizou a primeira ação prática de benefício à Amazônia enquanto integrante da Rede. Selou o acordo de captação de US$ 125 milhões para apoio a micro, pequenas e médias empresas lideradas por mulheres. Desses, U$ 5 milhões vão para empresas administradas por elas na região amazônica. Outros US$ 9,5 para empresas administradas por elas em municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A instituição financeira de desenvolvimento alemã DEG (Alemanha) captou US$ 125 milhões. Também contou com a colaboração do BID Invest e outros parceiros como Proparco (França), Commerzbank Aktiengesellschaft (Alemanha) e Symbiotics (Suíça).
A operação contribui para meta do 2X Challenge – Finance for Women, um desafio global lançado pelas instituições financeiras de desenvolvimento do G7 e que possui o objetivo de destinar recursos à geração de oportunidades de empreendedorismo e à liderança de mulheres em países emergentes. O recurso também atende os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU, especificamente o de número 5, que trata sobre Igualdade de Gênero.
“Estamos dando sequência ao plano de captações internacionais para que possamos potencializar nossas operações em prol de uma economia brasileira mais igualitária, com menos pobreza e mais verde”, afirma Pedro Ramos, superintendente de Tesouraria do Sicredi, que representa presencialmente a instituição na COP 28.
O Sicredi
Atualmente, o Sicredi conta com mais de um milhão de empresas associadas, sendo que 74% são micro e pequenas empresas; 22% microempreendedores individuais. Das mais de 1,1 milhão de pequenas empresas existentes no Brasil, 25% são atualmente associadas à instituição financeira cooperativa. A carteira relacionada à economia verde do Sicredi está em R$ 35,8 bilhões. As atividades de produção rural familiar, agricultura de baixo carbono e energia renovável são as que representam maior volume de recursos, R$ 13,6 bilhões, R$ 8,2 bilhões e R$ 5,8 bilhões, respectivamente. A carteira de crédito destinada especificamente a micro, pequenas e médias empresas lideradas por mulheres é de R$ 15,7 bilhões.