O Banco Central do Brasil (BC) deu um passo importante rumo à modernização do sistema financeiro com o Piloto Drex, cuja primeira fase foi concluída recentemente. Voltado para a implementação do Real Digital, o projeto promete revolucionar transações financeiras, incluindo o papel de cooperativas no cenário econômico.
Mas o que isso significa para o cooperativismo? Vamos explorar.
O que é o Piloto DREX
O Drex é a iniciativa do BC para criar uma plataforma digital baseada em tecnologia de registro distribuído (DLT), como blockchain. Por exemplo, ele permitirá a tokenização de ativos financeiros e a emissão de moedas digitais, tanto no atacado quanto no varejo. Isso significa que as cooperativas poderão operar com maior eficiência, segurança e transparência. Assim, o Piloto Drex é uma fase de testes da nova moeda.
Na prática, o Drex promete integrar transações financeiras de forma descentralizada, permitindo que cooperativas participem de um sistema financeiro mais ágil, competitivo e inclusivo.
Como as coops participaram do Piloto Drex
Na primeira fase do piloto, o BC selecionou 16 consórcios, incluindo cooperativas de crédito como Sicoob, Sicredi, Unicred e Cresol, que atuaram em conjunto no consórcio SFCoop. Essa participação foi essencial para testar casos de uso como:
- Drex de Atacado: Representação digital de reservas bancárias e contas de liquidação, permitindo transações entre instituições financeiras.
- Drex de Varejo: Tokenização de depósitos à vista e moeda eletrônica, voltada para transações de clientes finais.
- Tokenização de Títulos Públicos Federais (TPFt): Compra, venda e resgate de títulos públicos em formato digital.
Esses testes mostraram que as cooperativas têm potencial para se adaptar às novas tecnologias e oferecer serviços ainda mais competitivos aos seus associados.
Benefícios para o cooperativismo
- Inclusão Financeira: Com o Drex, cooperativas poderão oferecer serviços financeiros digitais para comunidades que ainda dependem de sistemas tradicionais.
- Eficiência Operacional: A liquidação de transações será feita em tempo real, reduzindo custos e aumentando a agilidade.
- Segurança e Transparência: A tecnologia DLT garante rastreabilidade e proteção contra fraudes.
- Inovação nos Serviços: A possibilidade de criar novos produtos financeiros digitais, como contratos inteligentes, pode ampliar o portfólio das cooperativas.
Próximos passos
Embora a primeira fase tenha sido um sucesso, desafios ainda precisam ser enfrentados, como:
- Privacidade: Garantir que os dados sensíveis das transações estejam protegidos.
- Governança: Definir regras claras para a criação e gestão de contratos inteligentes.
- Escalabilidade: Preparar a infraestrutura das cooperativas para lidar com um volume maior de transações digitais.
Na segunda fase do piloto, prevista para 2025, o BC planeja incluir novos casos de uso e aprofundar os testes de privacidade e programabilidade. Cooperativas terão a oportunidade de sugerir soluções e explorar ainda mais o potencial do Drex.
Inovação
O Piloto Drex não é apenas uma tecnologia; é uma oportunidade para que cooperativas ampliem seu impacto social e econômico. Ao adotar o Drex, cooperativas poderão fortalecer sua posição no mercado financeiro e atender melhor às necessidades de seus associados.
O futuro do cooperativismo está conectado à inovação, e o Drex pode ser o caminho para transformar desafios em oportunidades. Fique atento às próximas fases e prepare sua cooperativa para o futuro digital!