A Goiás Fomento informou que pode liberar, de imediato, R$ 9 milhões para linhas de crédito em condições especiais aos trabalhadores autônomos do transporte escolar e de turismo do Estado. Eles estão há quase três meses sem renda, com as atividades paralisadas, em função das medidas de restrição à circulação de pessoas, determinadas pelo governo estadual, para o combate à pandemia do novo coronavírus.
A reunião com o presidente da agência estadual, Rivael Aguiar Pereira, encerrada no início da noite desta quarta-feira (28), foi realizada a pedido do presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras em Goiás (OCB/GO), Luís Alberto Pereira, e do presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB). Também participaram os deputados estaduais Bruno Peixoto (MDB) e Cairo Salim (Pros), além de representantes das cooperativas e dos trabalhadores de vans escolares e de turismo.
A linha de crédito será no valor de até R$ 9 mil para cada operação, divididos em três parcelas mensais de R$ 3 mil, com 12 meses de carência e 48 meses no total para pagamento. As parcelas são decrescentes. Inicialmente, poderão ser atendidos até 1 mil pedidos de empréstimo.
“Além de um ano de carência, ou seja, o empréstimo só começará ser pago 12 meses depois de liberado o crédito, a parcela começará na casa dos R$ 300 e chegará num valor bem menor na parcela final. Portanto, é algo que ajudará muito a urgência financeira, hoje, dos trabalhadores da categoria”, afirma Luís Alberto Pereira. Agora, os representantes das cooperativas e dos trabalhadores do transporte escolar e de turismo vão deliberar sobre a proposta de linha de crédito especial da Goiás Fomento.
Na semana passada foi criada uma força-tarefa entre a OCB/GO, o governo de Goiás, a Assembleia Legislativa, para atender os trabalhadores autônomos do transporte escolar e de turismo, que estão parados há mais de 70 dias. A primeira medida, em caráter emergencial, foi viabilizar a doação de cestas básicas nos próximos três meses para atender cerca de 2 mil trabalhadores, na capital e no interior. Outra ação será buscar um acordo com empresas de médio e grande porte, que queiram disponibilizar transporte alternativo para o deslocamento dos seus funcionários.
“A doação das cestas básicas é para suprir a necessidade mais básica e urgente de qualquer pessoa, que é o alimento. Já a linha de crédito da Goiás Fomento vai permitir que os autônomos e empresários do transporte escolar e de turismo possam ter um mínimo de liquidez financeira”, afirma o presidente da OCB/GO. “Também estamos negociando com empresas que tenham mais de 15 funcionários para que contratem o transporte alternativo, incluindo as vans escolares, com todas as exigências de segurança. Isso vai reduzir a pressão sobre o transporte público das maiores cidades e também garantir uma renda a centenas de trabalhadores autônomos em Goiás”, afirma o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira.
Pereira cita que o projeto de lei do deputado estadual Alysson Lima (Solidariedade), que busca autorizar o transporte alternativo na Região Metropolitana de Goiânia, seria uma solução provisória para a categoria, mas enfrenta questionamento jurídico na Assembleia e sua efetiva viabilização pode ser morosa. “Portanto, passamos a buscar alternativas que resolvam o problema emergencial, de forma rápida, para a situação urgente de milhares de trabalhadores em Goiás”, destaca.
Fonte: Sistema OCB/GO.