A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) tem 2534 municípios e todos já aderiram ao consórcio nacional para comprar vacinas contra a covid-19. Do mesmo modo, na quinta-feira (18), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, sancionou lei que coloca a capital fluminense no programa. Campanha contra a pandemia ganha a participação de coops de Goiás.
A princípio, o grupo também pretende usar a ação coletiva para comprar insumos, como oxigênio hospitalar.
Com isso, o presidente da Frente, Jonas Donizette, espera que o consórcio saia do papel ainda este mês. Nesse sentido, Jonas acha que as verbas para o consórcio podem vir do governo federal ou de organismos internacionais. Além disso, investidores brasileiros seriam uma terceira origem de recursos. Entre as citadas, a está empresária Luiza Trajano. Ela poderia articular para levantar verbas no setor privado.
Prefeitos sobrecarregados
Nesta quinta-feira, a FNP lançou o Anuário Multi Cidades 2020. O economista e consultor da FNP, Zé Roberto Afonso, analisou as contas divulgadas pelo documento. Em conclusão, ele acha que os municípios fizeram o papel que caberia ao Estado e ao país:
“Este gasto a mais significa que as prefeituras estão cobrindo ações que caberiam governo federal e até mesmo os governos estaduais. É esta a discussão que a gente tem que ter no país. E isso vai sacrificar as outras áreas de competência municipal”, disse em uma live da FNP.
A doença prejudicou toda a economia. Porém, os municípios conseguiram arrecadar mais. De acordo com o Anuário, o prejuízo maior fica por conta das arrecadações de ISS e ICMS. Em suma, o consumo caiu durante a pandemia. E com isso, houve queda na arrecadação de impostos municipais.
O Anuário registrou as principais quedas na renda dos municípios. Tais como o Imposto de Transmissão de Bens Imobiliários (ITBI) teve queda de -12,6% em 2020. Assim também o Fundo de Participação dos Municípios, que caiu -9,7%. Esta queda foi causada pela Medida Provisória 938. Igualmente, a queda no IPTU foi de -2,8%. A do IPVA, -0,5%.
A redução do ISS foi de -5,2%. O ICMS, de -4,1%. Essas foram as maiores quedas para os municípios brasileiros.
Ajuda cooperativista
Enquanto os prefeitos procuram adquirir vacinas, os profissionais de saúde se empenham em organizar as vacinações. As coops não ficam de fora. Em Goiás, elas ajudam em duas frentes. Afinal, o objetivo é reduzir os impactos negativos causados pela pandemia da covid-19 no Estado.
Profissionais de coops ampliaream pontos de vacinação. Organizaram vans para transportes escolares e para o transporte de funcionários do setor privado. Com isso, eles reduziram a pressão nos terminais de ônibus coletivos na Grande Goiânia.
E não foi só isso. De acordo com o Sistema OCB/GO, a cooperativa Personallity treinou e capacitou cerca de 500 profissionais da saúde. Como resultado, 40% deles atuam como voluntários na vacinação contra o vírus em Goiás.