Nesta segunda-feira (13), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu a Portaria nº 627, declarando estado de emergência fitossanitária nos estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima. A medida visa combater a praga quarentenária Bactrocera carambolae, conhecida como mosca-da-carambola, e proteger o setor agrícola dos potenciais prejuízos causados por sua dispersão.
A declaração terá validade de um ano e as diretrizes e medidas para enfrentar a situação serão anunciadas em breve pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Enquanto isso, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa já está tomando algumas ações, como delimitar a área sob quarentena no Pará e revisar os procedimentos de controle da praga.
A mosca-da-carambola representa uma grande ameaça para a fruticultura brasileira, que é o terceiro maior produtor de frutas do mundo. Atualmente, a praga está restrita aos estados do Amapá, Pará e Roraima. Para combatê-la, o Mapa coordena um programa que envolve ações nos estados afetados e monitoramento em todo o país.
No entanto, fatores como o aumento do fluxo migratório e do comércio interno de frutas, aliados às condições favoráveis para a praga se estabelecer, têm contribuído para o aumento de capturas nos estados do Pará e Roraima. Em abril, o estado de Roraima já havia sido declarado área sob quarentena.
A mosca-da-carambola não causa danos apenas nas carambolas, mas também em outras frutas como goiaba, acerola, tangerina, caju e pitanga. A detecção de novos focos da praga nos municípios de Oriximiná e Terra Santa, no Pará, levou ao risco iminente de dispersão para outras regiões do país sem ocorrência da praga, incluindo os principais polos frutícolas do Brasil.
O estado do Amazonas também foi incluído no estado de emergência fitossanitária devido aos focos detectados em regiões próximas à fronteira com o Pará e ao alto fluxo de viajantes e produtos provenientes de Roraima.