O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (MAPA) anunciou nesta quarta-feira (13) a abertura do mercado egípcio para os produtores nacionais. Assim, trata-se do 74º novo mercado internacional para o setor. A decisão, que promete impulsionar a economia cooperativista do país, foi resultado de uma série de reuniões e seminários liderados pelo secretário adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Júlio Ramos, em uma missão diplomática que incluiu o Egito e a Etiópia.
No Egito, a abertura para a exportação de pescados e produtos derivados brasileiros é vista como um marco. Especialmente porque o comércio entre os dois países já alcançou mais de 550 milhões de dólares no último ano. A formalização da parceria ocorreu em um encontro que contou com a presença de representantes de alto nível de ambos os países, incluindo Saad Moussa, vice-ministro de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura do Egito, e Bernardo Penha Brasil, ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil no Egito.
O mercado egípcio para coops
Além disso, o MAPA iniciou tratativas para estabelecer mais duas frentes de exportação para produtos agrícolas brasileiros. Atualmente, o governo egípcio analisa propostas. Esses esforços são parte de uma estratégia maior para fortalecer as relações comerciais e promover o agronegócio brasileiro na África. E isso no primeiro semestre de 2024.
Por exemplo, na Etiópia, a missão concluiu suas atividades em Adis Abeba. Lá o MAPA realizou reuniões com o objetivo de intensificar a cooperação bilateral e o intercâmbio de conhecimentos agrícolas. O Brasil aproveitou a oportunidade para destacar a força de seu setor agropecuário e identificar áreas potenciais para expansão. Também solicitou apoio para facilitar a exportação de sua expertise em tecnologia agrícola.
Primeiramente,cooperativistas brasileiros receberam com entusiasmo anúncio da aprovação sanitária pelo governo egípcio para a importação de pescados e derivados do Brasil . Este avanço soma-se à recente abertura do mercado egípcio para algodão em pluma e para gelatina e colágeno de origem brasileira, reforçando a tendência de aumento das exportações para aquele país. Em 2022, as trocas comerciais entre Brasil e Egito atingiram US$ 3,48 bilhões, com o Egito sendo o principal destino dos produtos agropecuários brasileiros na África e o 13º no mundo.