A grande novidade da edição 2019 do Hacking.Rio é a inclusão do cooperativismo de plataforma como tema de destaque no evento, que terá o maior hackathon da América Latina e um congresso com alguns dos melhores especialistas em tecnologia, inovação e negócios do país, de 18 a 20 de outubro no AQWA Corporate, no Santo Cristo, na região do Porto Maravilha.
O propósito das plataformas cooperativas – modelos de negócios digitais que conectam fornecedores e consumidores – é que elas atuem de acordo com os princípios do cooperativismo, isto é, oferecendo melhores condições de transações e distribuição de benefícios. Um conceito atual no cenário da economia compartilhada.
Esse é o primeiro hackathon no mundo com um cluster sobre o cooperativismo de plataforma e tem o patrocínio da OCB/Sescoop RJ, em parceria com o Sicoob Central Rio e a Unimed-Rio. A ideia é desenvolver formas de cooperar a partir das soluções tecnológicas atuais.
“Os modelos de negócio da economia compartilhada socializam os custos e riscos e privatizam os resultados. O cooperativismo é instrumento de aperfeiçoamento disso, já que também distribui a riqueza gerada, dando poder ao consumidor, sem abrir mão da meritocracia”, diz Abdul Nasser, superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Rio de Janeiro (Sescoop-RJ) e palestrante do Hacking.Rio.
Segundo ele, o movimento do cooperativismo de plataforma está ganhando o mundo e o Brasil precisa avançar nesse tema.
“Para nós, o Hacking.Rio tem dois objetivos. O primeiro é gerar soluções que podem potencializar o cooperativismo de plataforma. O segundo é comunicar para todo esse ecossistema maravilhoso de jovens que estão reinventando o mundo que o cooperativismo é um caminho viável para empreender digitalmente. Hoje todos pensam logo em ter uma S.A. e o cooperativismo nem entra na lista de possibilidades. Esperamos que após o Hacking.Rio os participantes passem a enxergar o potencial desse modelo de negócio para construção de um mundo melhor”, acrescenta.
Nábia dos Santos Jorge, diretora operacional do Sicoob Central Rio, conta que o cooperativismo está totalmente alinhado à pauta da inovação.
“Atualmente as pessoas buscam viver de forma mais colaborativa. Isso está no DNA do cooperativismo. Participar de um evento com a magnitude do Hacking.Rio nos permite mostrar a convergência do cooperativismo com os novos hábitos e necessidades da população”, afirma.
A expressão cooperativismo de plataforma foi criada pelos pesquisadores americanos Trebor Scholz e Nathan Schneider, no livro “Ours to Hack and to Own: The Rise of Platform Cooperativism, A New Vision for the Future of Work and a Fairer Internet”. E, segundo os autores, esse movimento “engloba as mesmas tecnologias da economia de compartilhamento, mas com modelo de propriedade que adere a valores democráticos; incentiva a solidariedade, que é indispensável quando a força de trabalho é distribuída e, muitas vezes, anônima; e ressignifica conceitos como inovação e eficiência, porque visa oferecer benefícios a todos e não à sucção de lucros para poucos”.
Mais informações sobre o Hacking.Rio no site https://hackingrio.com.

































