Depois de meio século de atuação como cooperativa segmentada da Vale, o Sicoob Coopvale recebeu em 8 de novembro o parecer favorável do Banco Central para se tornar uma cooperativa de livre admissão, o que representa uma guinada no seu modelo de negócio. Com essa medida, a cooperativa tem respaldo para ampliar o seu plano de expansão. No dia 5 de dezembro o projeto de transformação para a livre admissão foi aprovado por unanimidade em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da cooperativa.
A estratégia também inclui a comercialização dos produtos e serviços da cooperativa em grandes empresas. E faz um movimento simultâneo de atender a uma demanda do interior do estado, mapear regiões de potencial econômico e investir no digital.
Segundo o presidente da cooperativa, Angelo Galatoli, o fato abre uma grande perspectiva para a instituição. “O Sicoob Coopvale completou 51 anos no dia 20 de novembro, pouco depois do parecer positivo do Banco Central para a cooperativa atuar como livre admissão, em 8 de novembro. A ideia é buscar um modelo mais híbrido, unindo físico e digital. Além disso, estamos criando uma estrutura inteiramente voltada para pessoa jurídica, um público novo, mas muito interessante. Temos uma meta de ampliar o número de associados e para isso precisamos abrir agências de rua no Rio de Janeiro, além de outras localidades como Paragominas e Canaã dos Carajás, ambas no Pará; ampliar as que já existem em localidades que têm forte demanda, como a agência de Parauapebas (Pará), que ficou pequena frente ao interesse de adesão.
Galatolli revela que a ideia é ampliar o diálogo com o associado por meio de investimentos em canais digitais, permitindo uma abrangência nacional, além de captação voltada para engajar diferentes públicos, levando os valores do cooperativismo e a excelência no relacionamento.
Ajuda mútua
Ainda segundo Galatolli, a parceria entre as cooperativas do Sistema Sicoob Rio possibilitará o fortalecimento no Rio de Janeiro com uma preocupação de ajuda mútua.
“Contamos muito com a parceria do Sicoob Central Rio e estamos em constante diálogo com Sicoob Fluminense, Sicoob Cecremef, Sicoob Empresas, por exemplo, pois são cooperativas que já atuam em livre admissão. A atuação de uma nova cooperativa nesse cenário colabora para o estado pois acreditando no empresário podemos gerar mais emprego e renda. Queremos também incluir a população desbancarizada, que é o nosso lado social. O maior desafio para aumentar a presença do Sicoob no Rio de Janeiro é a comunicação. Precisamos divulgar mais os nossos produtos e serviços, o diferencial do atendimento mais humanizado, as possibilidades de crédito, assim como a segurança do Fundo Garantidor, de ter o Bancoob como o banco cooperativo. Enfim, comunicação é investimento”, define o dirigente.