A carne de porco bateu recordes de consumo, tanto no Brasil quanto no exterior. E as vendas aumentam porque a o Brasil está cada vez mais adaptado às regras de higiene e saúde. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconhece Santa Catarina como área livre de febre aftosa há 14 anos.
Depois deles, outros estados conquistaram o mesmo status de área livre da doença. É o caso de Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso.
Assim sendo, Santa Catarina exportou 438,3 mil toneladas de carne de porco no período de janeiro a setembro de 2021. Do mesmo modo, as vendas cresceram 12,6%. Como resultado, o faturamento com os embarques passa de US$ 1 bilhão, com crescimento de 26,4%.
Segundo o analista da Epagri/Cepa Alexandre Giehl, em termos de receita, no último mês registrou-se o terceiro melhor resultado da série histórica, iniciada em 1997.
Carne de porco sem doenças
Produtores brasileiros se esforçam, para produzir carne de porco sem doenças. O governo comemorou bastante o reconhecimento de novas áreas sem aftosa. Agora, todos se preparam para ampliar o mercado, tanto interno quanto externo.
Perigos da Febre Aftosa
- Afeta bois, cabras, ovelhas e porcos
- Prejudica o comércio de produtos pecuários.
- Exige esforços constantes dos produtores rurais e das autoridades sanitárias para prevenção e erradicação.
O Brasil registrou o último foco de febre aftosa em 2016. A comunidade mundial reconhece a nova condição desde 2018. Dessa forma, as vendas aumentaram.
“Comemoramos hoje. Mas seguimos trabalhando diariamente para o fortalecimento da defesa agropecuária nacional. Assim sendo, nosso objetivo é levar todo o Brasil para a condição de livre da febre aftosa sem vacinação”, afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Carne de porco tem deflação
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo, o preço da carne de porco para os paulistas subiu apenas 0,8% este ano em relação a 2019. Entretanto, a carne de boi aumentou 21,4%. Já a carne de frango, subiu 28,8%.
Para os técnicos, a carne suína está com deflação. Ou seja, na prática, os preços do produto estão caindo. Um cenário positivo para as cooperativas do setor. Mesmo considerando que o preço do produto é mais barato.
Porém, para acompanhar o mercado, os produtores esperam mais atitude do governo federal. Se o preço final do produto está diminuindo, o mesmo não é percebido em relação aos insumos.
Governo reduz IPI do milho
O criador de porco reclama do custo de impostos. Principalmente depois das notícias de que a China amplia a produção de carne de porco. Então, o presidente Jair Bolsonaro sancionou MP que reduz a zero os impostos de importação do milho.
De acordo com analistas, a Medida Provisória possibilita a redução de R$ 9 por saca. E você sabe o motivo de tanto interesse dos suinocultores? O milho é usado na suinocultura. Assim sendo, sua importação é necessária para a criação de porcos.
Outro problema é que a produção nacional não supre as necessidades dos criadores. Daí a necessidade de importação. Entretanto, por ser uma Medida Provisória, o benefício ao produtor está garantido até o final de 2021.
Outro fator importante é que o milho integra o alimento de outras culturas. Assim sendo, deve recebe maior atenção da classe política. Bem como da Frencoop.
Aurora Coop forma suinocultores
Entre as organizações que mais contribuem para o sucesso da produção brasileira de carne suína está a Aurora Coop. A cooperativa com sede em Chapecó homenageou os produtores que mais se destacaram no setor da suinocultura.
O evento foi realizado em outubro e incentiva a melhoria da eficiência da cadeia de produção de suínos, buscando competitividade nos aspectos social, ambiental e econômico.
A cooperativa Coolacer venceu este ano. A Cooperalfa ficou em segundo lugar, seguida pela Coopervil. O evento premiou também técnicos e trabalhadores do setor.
O diretor Marcos Zordan destacou, ainda, que a Cooperativa Central Aurora Alimentos responde por 14,7% do abate nacional de suínos. Isso equivale também a 17,9% do abate da região sul do Brasil, 33% do abate de Santa Catarina, 13% do Rio Grande do Sul e 42% do Mato Grosso do Sul.
O sucesso da produção de carne suína no Brasil passa pelo bom desempenho das cooperativas do setor.