O governo do Paraná enviou à Assembleia Legislativa um projeto para implementar cooperativas escolares em colégios agrícolas e florestais da rede estadual de ensino. O objetivo do projeto é dar mais autonomia às escolas-fazenda, permitindo a comercialização de produtos e a geração de recursos para uso próprio, além de proporcionar aos alunos o contato com novas tecnologias utilizadas no campo.
Atualmente, os alunos dessas instituições realizam diversas atividades práticas de agricultura e pecuária no campo, mas a responsabilidade final por todos os processos permanece com a gestão escolar.
As cooperativas escolares serão entidades jurídicas sem fins lucrativos. Possuem alunos regularmente matriculados na instituição educacional, professores e entidades relacionadas. Seu objetivo social é a cooperação recíproca de seus membros para promover e estimular o desenvolvimento de cooperativas com fins educacionais, em benefício dos associados e da instituição educacional.
Espera-se acabar com a demora nos processos de licitação para a aquisição de medicamentos e pesticidas, entre outros itens necessários para a produção, além de solucionar a dificuldade na obtenção do Cadastro de Produtor Rural (CAD/PRO), documento necessário para a aquisição de insumos.
Com a implementação desse modelo, mesmo as cooperativas escolares poderão se aproximar das grandes cooperativas para incentivar a troca de conhecimentos.
Objetivo das cooperativas escolares
De acordo com o projeto, a operação das cooperativas escolares será restrita à realização de projetos e ações promocionais, educacionais e comunitárias. Assim, o objetivo é a realização de atividades técnicas produtivas com objetivos educacionais para experimentação de práticas produtivas, de gestão, comercialização e cooperativismo. A cooperativa deve elaborar o plano de trabalho. Assim, terá a obrigação de prestar contas à Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), que monitorará, orientará e supervisionará sua operação.
O projeto tem como objetivo garantir maior eficiência e agilidade às demandas dessas instituições, bem como possibilitar a geração de recursos para uso próprio. Com isso, os estudantes podem ser contratados para desenvolver tarefas específicas. Por exemplo, focadas na área técnica, permitindo o crescimento profissional e a entrada no mercado de trabalho em um ambiente cooperativo.
O Paraná é referência nesse modelo econômico, sendo o berço das maiores cooperativas do país.