A Suinocultura está em alta no Brasil. O Observatório Suíno de 2023 revelou importantes informações sobre o setor. Entre os fornecedores que participaram do relatório, estão os maiores frigoríficos do país, como Alegra Foods – Castrolanda, Aurora Coop, BRF S.A. (Sadia e Perdigão), Seara (JBS) e Pamplona Alimentos S.A. Em relação aos clientes, o estudo incluiu empresas como McDonald’s, Pão de Açúcar, Carrefour e Subway.
O Brasil é o quarto maior produtor e exportador de carne suína do mundo. Tem uma produção de 4,9 milhões de toneladas em 2022, um aumento de 6% em relação ao ano anterior. Cerca de um quarto dessa produção vai para a exportação. Assim, beneficia mais de 80 países. Além disso, o consumo doméstico de carne suína aumentou em 7,8% em relação a 2021.
A Suinocultura e o bem-estar animal
As práticas de bem-estar animal são essenciais na suinocultura, e o banimento do uso de celas na gestação de suínos é um exemplo de boas práticas adotadas no Brasil. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, como a utilização indiscriminada de antimicrobianos na criação de suínos, o que pode levar ao desenvolvimento de resistência aos medicamentos.
“Os consumidores estão cada vez mais conscientes e preocupados em relação aos produtos que compram e consomem em suas refeições, exigindo transparência por parte da indústria em relação ao tratamento concedido aos animais “, afirma Patrycia Sato, presidente e diretora técnica da Alianima, organização sem fins lucrativos de proteção animal e que lançou a 4ª edição do Observatório Suíno.
Empresas como Arcos Dorados, Dídio Pizza e Marfrig estão exigindo o fim do uso não terapêutico de antimicrobianos por parte de seus fornecedores. Enquanto isso, outras empresas como B.LEM, Bob’s, Forno de Minas e Hippo Supermercados estão buscando endereçar esse tópico com seus fornecedores. É importante que as empresas testem alternativas para efetivamente substituir os antimicrobianos e garantir a qualidade e segurança dos alimentos no contexto da Saúde Única.