Hora da economia de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) divulgou os reajustes tarifários para outubro de 2024. Assim, teremos bandeira vermelha patamar 2.
Desse modo, a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos o cliente paga R$ 7,877.
De acordo com a agência, o objetivo do reajuste tarifário é equilibrar os custos do setor elétrico. A ANEEL considera fatores como a disponibilidade de recursos hídricos e o avanço das fontes renováveis.
Medidas de economia de energia
Em resposta ao aumento nas tarifas, muitos pequenos negócios buscam alternativas. A energia solar compartilhada surge como uma opção atraente. De acordo com a ABSOLAR, em São Paulo, a procura por este modelo cresceu 30% em setembro. Porém, a Asoiação afirma que o reajuste poderia ser menor. Para isso, bastaria a evitar os cortes recorrentes nas usinas renováveis mais competitivas. O aumento nas tarifas ocorre por conta da falta de chuvas e acionamento de termelétricas fósseis, mais caras e poluentes. Mas também poderia ser aliviado pela redução dos impostos nas tecnologias de armazenamento, capazes de aumentar a disponibilidade das fontes limpas.
Alexandre Bueno, diretor comercial da Sun Mobi, a primeira enertech do Brasil, afirma: “Percebemos um aumento expressivo de empresas interessadas em adquirir cotas de nossas usinas”. Ele destaca o interesse de padarias, restaurantes e escritórios comerciais.
A energia solar compartilhada não requer investimentos ou obras nos imóveis. Isso a torna acessível para pequenas e médias empresas. Atualmente, mais de 360 mil estabelecimentos no Brasil utilizam este sistema.
São Paulo lidera o setor com cerca de 19 mil unidades consumidoras atendidas pela energia solar remota. O comércio e serviços representam a maioria, com 9 mil estabelecimentos.
A migração para sistemas de energia renovável, como o solar, representa uma tendência global. Ela visa aumentar a competitividade de produtos e serviços, especialmente para pequenos negócios. Sobretudo porque o setor elétrico brasileiro enfrenta desafios para equilibrar custos, sustentabilidade e acessibilidade. Neste cenário, as cooperativas de infraestrutura e as fontes renováveis desempenham um papel cada vez mais importante.