Coostafe ganha nova sede. O Governo do Pará concluiu a obra de reconstrução do prédio da Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora. Localizada na Unidade de Custódia e Reinserção Feminina em Ananindeua, é a primeira e única cooperativa a operar em uma unidade prisional no Brasil. Assim, 30 mulheres privadas de liberdade ganham uma chance de trabalho digno e reinserção social, com a produção de artesanatos e vestuário.
A nova sede conta com melhorias estruturais e equipamentos adquiridos em parceria com o Ministério Público do Trabalho. Em 2022, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) reconheceu a Coostafe como referência em cooperativismo social.
A vice-governadora do Pará, Hana Ghassan, enfatizou a importância do projeto: “Este trabalho é fundamental para cada uma de vocês. Estão aprendendo um ofício para o futuro. Agarrem essa oportunidade e aprendam tudo que puderem para começar uma nova vida ao sair daqui.”
O secretário da Seap, Coronel QOPM Marco Antonio Sirotheau Corrêa Rodrigues, destacou o pioneirismo do Pará: “A Coostafe é a primeira e única cooperativa a funcionar em uma unidade prisional no Brasil. Outros estados demonstram interesse, mas até o momento, apenas o sistema penitenciário do Pará conta com cooperativas.
Histórias de Transformação na Coostafe
De aordo com Paula Bezerra, uma das internas, a experiência é muito importante para a sua vida. “Hoje sei que posso abrir meu próprio negócio. Tenho um certificado de costureira e minha família já comprou uma máquina de costura para me incentivar”, disse.
Certamente a iniciativa vai gerar novos frutos. Por exemplo, outra interna, a Joyce Medeiros da Silva, 22 anos, está na Coostafe há seis meses. Ela já sonha em abrir seu próprio ateliê: “Esse projeto me ajudou muito mentalmente. Hoje penso em ter uma vida totalmente diferente e realizar meu sonho de montar meu próprio negócio.”
A inauguração da nova sede da Coostafe representa um marco importante na política de ressocialização do sistema penitenciário paraense. Ao proporcionar capacitação profissional e oportunidades de trabalho digno, o projeto não apenas transforma a vida das internas, mas também contribui para a redução da reincidência criminal e promove uma sociedade mais justa e inclusiva.