Um novo tempo chegou para os cooperados da Cooperativa dos Produtores da Agricultura Familiar da cidade de São João (Coopaf), localizada no Agreste Meridional de Pernambuco. Começa a sair do papel a montagem das máquinas e equipamentos da usina de beneficiamento de grãos, que serão produzidos pelos associados. A instalação do maquinário dará mais qualidade aos produtos e rapidez para a distribuição dos alimentos. Até o final do mês de agosto, todos os cooperados poderão se beneficiar com o projeto.
A usina é uma grande necessidade da cooperativa. Normalmente, após a colheita do feijão e tubérculos, alimentos mais plantados pelos cooperados, é comum a umidade elevada. Através de métodos próprios aos materiais colhidos, as máquinas e equipamentos instalados, no próprio galpão da cooperativa, farão a secagem da colheita. Além do trabalho de secagem, a usina de beneficiamento tem a tecnologia de melhoramento das sementes para que sejam distribuídas no mais alto patamar de qualidade.
O trabalho para a instalação da usina de beneficiamento começou no ano de 2012. Naquele ano, foi levado um projeto ao governo do estado e apresentado na Secretaria de Desenvolvimento. A primeira parte do projeto foi composta da parte física para receber os equipamentos. O apoio para preparar o local teve o investimento de R$ 1,5 milhão. Na segunda parte do projeto, a cooperativa contou com a aporte de R$ 2,3 milhões destinados aos equipamentos e transporte para distribuir a plantação.
“É um sonho que se realiza, mesmo neste momento de quarentena. A tarefa de entrar no mercado é árdua. Mas, com esses equipamentos, teremos uma melhor qualidade dos alimentos, o que nos beneficia muito para conquistar novos espaços. Com esse trabalho, mostramos a mais pessoas o cooperativismo e sua força na região”, comentou o presidente da Coopaf, Paulo Motta.
Agora a cooperativa vive o momento de entressafra, época onde não há plantação. O próximo período de mexer na terra acontece no final de abril e início de maio. A colheita dos alimentos será no início de agosto. Neste período, o presidente já deseja contar com os equipamentos que beneficiarão em torno de 300 cooperados, espalhados em nove municípios do Agreste de Pernambuco. “É um novo ciclo na nossa história. Essa usina fará muitos cooperados felizes. Esse é nosso trabalho maior como cooperativa. Esperamos agora ampliar os nossos horizontes e fazer dessa cooperativa um local ainda mais feliz para se trabalhar”, almejou Paulo Motta.