O milho paraguaio é um insumo necessário para a produção de frangos e porcos por cooperativas catarinenses. Porém, elas precisam importar mais 6 milhões de toneladas anuais do Paraguai, país produtor mais viável para os criadores. Além disso, as altas taxas de impostos e problemas com a infraestrutura de estradas dificultam e encarecem ainda mais o produto.
O deputado estadual Altair Silva (PP), da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), pediu a isenção de impostos de importação do milho paraguaio. Em sua justificativa, ele disse que trata-se de um insumo necessário para Santa Catarina, um dos maiores produtores e exportadores de suínos e aves brasileiras.
Altair Silva integrou a comitiva da Fecoagro/SC que reuniu um grupo de dirigentes de cooperativas e agroindústrias em visita ao Paraguai, entre os dias 12 e 15 de março.
Na ocasião, os catarinenses visitaram a produção local e ficaram surpresos com a quantidade de brasileiros que plantam milho naquele país.
De acordo com Altair Silva, os produtores de Santa Catarina compravam milho de estados como o Mato Grosso do Sul, Goiás eMato Grosso. Porém, com o aumento das exportações de suínos e aves, eles precisam de 9 milhões de toneladas de milho por ano, 6 milhões de toneladas a mais do que a capacidade de produção dos estados brasileiros que mais comercializam o produto:
Isenção do milho paraguaio
“O que eram 3 milhões de toneladas de milho por ano consumidas, hoje está em 9 milhões de toneladas. Precisamos comprar de outras praças cerca de 6 milhões de toneladas.
“O Paraguai tem condições de abastecer nosso produto. É mais próximo de Santa Catarina, mas as barreiras alfandegárias e imnpostos são obstáculos. O importador paga 9,.5% de imposto de importação, sendo que o milho brasileiro é isento de PIS/COFINS. Temos uma carga maior para importar este ilho.Vamos ter que fazer uma interlocução com o governo federal para termos um milho isento de pis/cofins para entrar em SC”, disse o deputado em discurso na Alesc.
Outro problema é a falta de estradas. Do mesmo modo, o deputado também pediu investimentos em infraestrutura para o abastecimento de milho, o que poderia melhorar a competitividade dos produtores catarinenses.
“Não há rodovia federal para entrar no Estado Precisamos concluir urgentemente a BR 163. Precisamos concluir a BR 158 que precisa chegar ao Paraná. junto com a BR 180 teremos rodovias federais interligando Santa Catarina atender às cooperativas e à agroindústria, que precisam do milho para alimentar a cadeia produtiva”.