O leite materno é tema de campanha mundial da ONU. Desse modo, a entidade celebra a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) na primeira semana de agosto em mais de 170 países, inclusive no Brasil. A data 1º de agosto foi marcada pela Unimed de Campo Grande com uma conversa sobre o tema.
Para chamar a atenção para a data e reforçar a conscientização da sociedade, o Castelo Mourisco, sede da Fiocruz no Rio de Janeiro (RJ), será iluminado de dourado durante as noites dos dias 2 e 3 de agosto. O Brasil, desde 2017, apoia a amamentação por meio da Lei Nº 13.435. Dessa forma, a norma institui o Mês do Aleitamento Materno, conhecido como Agosto Dourado. Isso porque a cor simboliza o padrão ouro de qualidade do leite humano.
“O leite materno é o melhor alimento durante os primeiros seis meses de vida. Tem tudo o que o bebê precisa, inclusive água,. Protege a criança de infecções respiratórias e diarreia,. Além disso, reduz o risco de desenvolver hipertensão, diabetes e, obesidade na vida adulta. Dependendo do peso do recém-nascido, apenas 1ml já é o suficiente para nutri-lo a cada refeição”, informa a coordenadora da rBLH e do BLH do IFF/Fiocruz, Danielle Aparecida da Silva.
A coordenadora explica aina que o leite humano é considerado o alimento mais económico, renovável, ecológico e seguro que existe. Em resumo, Danielle acrescenta que não precisa de embalagem, não contamina e nem deixa desperdício. Outro benefício é a redução da mortalidade infantil , con reflexos na economia.
Políticas para o leite materno
Entre as políticas inclusivas de aleitamento materno, além da licença-maternidade e a licença-paternidade, o Programa Empresa Cidadã estende tal licença em até seis meses, período indicado pela OMS para o aleitamento materno exclusivo, mas, infelizmente, este projeto ainda não alcançou 100% das empresas brasileiras.
No Brasil há ações isoladas como as a Unimed de Campo Grande. Conta também com atividades do Hospital Amigo da Criança (IHAC), os Bancos de Leite Humano (BLHs), a Unidade Básica Amiga da Amamentação (IUBAM), a Rede Amamenta e Alimenta e a Mulher Trabalhadora que Amamenta, permitem que a informação e locais de apoio estejam próximos à mãe e às suas famílias para facilitar que a amamentação ocorra da forma exclusiva recomendada.
Campanhas de doação de leite materno
A alternativa para os bebês prematuros ou com condições crônicas de saúde é se alimentar com o leite materno doado. Por isso, o BLH do IFF/Fiocruz realiza regularmente campanhas que visam aumentar o número de doadoras, estoques de leite e frascos de vidro com tampa de plástico, essenciais para o armazenamento do leite doado, para atender os recém-nascidos internados na Unidade de Terapia (UTI) Neonatal, especialmente durante os períodos de festas e férias, quando o volume de leite materno coletado costuma diminuir.
Covid-19: aleitamento materno é seguro
No contexto da pandemia de Covid-19, a mulher deve continuar amamentando o seu bebê, mesmo que tenha tido contato com alguém infectado. “Em caso de a mãe apresentar alguns sintomas gripais, deverá seguir os protocolos de higiene antes de amamentar e usar máscara durante a amamentação do seu bebê. Independente do período que estamos passando, é necessário apoiar as mulheres amamentarem, pois já comprovamos que os nutrientes do leite materno, inclusive, previnem doenças não transmissíveis”, ressalta Danielle.
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